quarta-feira, novembro 29, 2006
“Eu nunca fui uma criança problema, tirando o problema de ter nascido antes da hora. Adolescente problema, muito menos. Acho até que foi pela ausência deles que aos 15 minha mãe me levou ao psicólogo. Era muito normalzinha a menina. Mas sabia que um dia esse excesso de pessoa comum ia acabar me cansando e não deu outra. Já na maturidade, palavra que adoro, resolvi causar, outra palavra que amo. Saí de casa, da cidade, do estado. Aos 26 me vi morando sozinha num mundo que podia ser o que quiser. E como não podia ser a Gisele Bunchen, resolvi ser eu mesma. Engano seu pensar que ser você mesmo é tarefa fácil. É ter sua própria opinião num mundo de maria-vai-com-as-outras. Falar que odiou aquele filme que todo mundo está amando. É colocar calça xadrez porque está com vontade e não porque está na moda. Começar a refeição pela sobremesa para não correr o risco de estar de barriga cheia quando o momento dela chegar. É dar de primeira porque ficou com vontade. E não dar de jeito nenhum porque”. a vontade passou. É ir ao show de Sandy & Júnior e assumir que gostou. Imitar macaco quando forem limpar seu vidro no sinal. É dizer que sente saudade de alguém que não sente sua falta. Ser simpática com quem não merece nem bom-dia. É não saber o que vai ser quando crescer mesmo já tendo passado dos 30. Jogar futebol de botão com os sobrinhos e descobrir que não passou dos 5. É correr de um jeito engraçado só para fazer as pessoas rirem. Cair da esteira na academia e rir sozinha. É assumir que é baiana e não sabe rebolar e nem jogar capoeira. Ligar para todas as amigas em desespero com os primeiros fios brancos e não aceitar que o tempo está passando. É falar rápido demais, comer rápido demais e dirigir devarinho na pista da esquerda. É achar que tudo na vida fica mais gostoso com requeijão cremoso. Tudo. Namorar quem você nunca namoraria. É aceitar seu lado ruim, mesquinho e o fato de não ser nenhuma Madre Tereza. Tomar banho de mar à noite e não tomar banho de dia. É acordar cedo quando você poderia dormir um pouco mais. É gostar de seduzir mas sempre acabar sendo seduzida. Pedir pra ele ficar mais, pra ficar menos e pra ir embora. É arrumar as roupas no armário por cor e nunca se tocar disso. Gostar mais do dia do que da noite. É assumir seu corpo do jeito que está mesmo com aquela boínha na cintura. Babar no travesseiro. É mentir falando a verdade. Amar, sofrer e não ter medo de amar de novo. É aceitar que a vida é uma só e que não dá para perder tempo sendo o que você não é. Porque ninguém nunca vai viver sua vida melhor que você."
:: Por Flávia | 12:00 AM | Comentários [9]
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